O filme
escolhido, “A esperança está onde menos se espera”, destina-se a uma turma do segundo
ciclo (5ºano) do Agrupamento Vertical de Escolas Ordem de Santiago. Esta escola
situa-se num bairro social inserido na cidade de Setúbal e onde residem várias famílias
com dificuldades económicas e de diversas etnias/culturas.
O filme
escolhido é um filme português realizado por Joaquim Leitão, tendo como atores
principais Virgílio Castelo, Ana Padrão e Carlos Nunes. Foi produzido por Tino
Navarro e escrito por Manuel Arouca e estreou nas salas de cinema portuguesas em
2009.
Com uma
hora e cinquenta e cinco minutos este filme tem como argumento a história de um
jovem adolescente (Lourenço) de 15 anos de idade que estuda e faz parte de uma
banda musical. O seu pai, Francisco, é um reconhecido treinador de futebol e
que com o seu emprego consegue proporcionar um nível de vida acima da média à
sua família. Lourenço frequenta um colégio prestigiado e é também um dos
melhores alunos de toda a escola.
Mas nesse
ano, o clube de futebol treinado pelo pai de Lourenço perde uma competição
importante e Francisco é despedido do seu emprego. Com tudo isto Francisco
entra em desespero, pois era a única fonte de rendimento da sua família e vê-se
numa situação de crise. A primeira decisão da família é que Lourenço passe a
estudar numa escola pública, saindo assim do colégio, mas a única escola
disponível naquela época do ano lectivo situava-se perto de um dos bairros mais
problemáticos dos arredores de Lisboa. Lourenço mudou então de escola e no
primeiro dia de aulas, é gozado e abordado por alunos dessa mesma escola por
vir de um meio completamente diferente daquele. Mas há um rapaz, Mané,
pertencente a um gang do bairro que aceita Lourenço.
A mãe de
Lourenço não conformada com a situação tenta conseguir emprego enquanto o
marido não tem trabalho, mas pela sua inexperiência não o consegue. A mãe de
Lourenço emigra então para Angola para conseguir algum dinheiro. Pai e filho
passam a viver sozinhos com dificuldades financeiras, mas entretanto Lourenço vai-se
adaptando ao ambiente da nova escola e conhece Kátia, a irmã do seu amigo Mané.
Kátia e Lourenço começam a namorar e este desabafa com a rapariga sobre a sua
situação familiar e financeira.
No final do
filme Lourenço e o seu pai ficam sem casa devido a não pagarem a
renda/empréstimo e a única alternativa é os dois irem viver para casa de Mané e
Cátia no bairro. São ambos bem recebidos no bairro pela comunidade residente.
Francisco ao passear pelo bairro fala em criar um projeto social para a integração
dos jovens do bairro, através da formação de uma equipa de futebol com os
mesmos. Assim o pai de Lourenço cria o projeto e a sua equipa de futebol ganha
notoriedade e Francisco é convidado para treinar um grande clube, mas este
recusa pois gosta muito de estar ali e sabe que aquele é o seu meio.
Este filme
apresenta várias das realidades sociais, sendo uma visão sobre a sociedade
portuguesa e de como os seus contrastes entre a alta e baixa sociedade por
vezes se complementam.
Potencialidade
O filme é português bem como grande
parte das suas personagens, apesar da grande influência africana. Evidencia a
linguagem corrente, a linguagem calão e desta forma é possível trabalhar em
sala de aula com os alunos as diferentes utilizações, quer corretas quer incorretas
da língua Portuguesa.
Além de tudo isto o filme retrata a
realidade ou uma realidade próxima de muitos membros das turmas da escola em
questão, e desta forma, tendo significado nas experiências pessoais e sociais
dos alunos, os conteúdos a abordar em contexto sala de aula serão trabalhados
com maior motivação.
Atividades
Após visionamento completo do filme
selecionado os alunos terão de realizar um resumo do mesmo em formato guião para
futura dramatização. Poderão utilizar falas presentes no filme ou criar novas
falas, desde que retratem o sucedido no filme.
Posteriormente e após esta atividade
escrita, a atividade oral será colocar em prática a dramatização baseada no
guião elaborado pela turma.
A criação do guião deve ser realizada
em pequenos grupos, ficando cada um responsável por uma parte do filme.
Realizado por: Carolina Silva e Joana Batista